É uma das formas menos invasivas de abordar essa articulação causando menor dano muscular por manter íntegro o músculo deltóide.
Lesão do Manguito Rotador
O manguito rotador é composto pelos músculos supra-espinhal, infra-espinhal, subescapular e redondo menor. A principal função desses músculos é dar estabilidade ao ombro e permitir a realização dos movimentos de elevação e rotação dos membros superiores.
As lesões do manguito rotador podem ser descritas de várias maneiras, de acordo com sua duração (aguda ou crônica), tamanho (parciais, totais ou extensas) e etiologia (traumática ou degenerativa). Há diversos fatores que podem causar lesão do manguito rotador:
- Fatores mecânicos, alterações nas estruturas musculoesqueléticas, esporões ósseos e sobrecarga mecânica.
- Fatores ambientais, tais como envelhecimento, uso excessivo do ombro, tabagismo, obesidade e distúrbios metabólicos, como a diabetes.
- Processos inflamatórios e alterações celulares dos tendões, como a desorganização da arquitetura do colágeno.
- Fatores traumáticos que podem criar lesões ou piorar as pré-existentes: quedas, contusões, traumas.
- Fatores genéticos também podem levar a uma maior ou menor probabilidade de um indivíduo apresentar lesões do manguito rotador.
O principal sintoma é a dor. Frequentemente piora durante a noite. A perda de força para executar movimentos pode estar presente em parte dos pacientes, e em outros leva à impossibilidade de erguer o braço. O diagnóstico é realizado através de exame clínico no consultório, quase sempre associado a exame de imagem: Ultrassom ou Ressonância Magnética.
A lesão do manguito rotador no jovem é de indicação cirúrgica se acometer mais de 50% da extensão (espessura) do tendão. No paciente com mais idade (a partir dos 50 anos) é uma patologia que quando associada a dor ou perda de função deve ser operada.
A cirurgia deve ser preferencialmente realizada por artroscopia (técnica minimamente invasiva) acelerando o processo de retorno às atividades. Em geral a primeira semana após a cirurgia é dolorosa. O uso de tipoia dura em média 35 dias e o retorno às atividades deve ocorrer apenas 3 meses após a cirurgia de acordo com orientação do cirurgião.
No 6º mês após a cirurgia as atividades físicas em nível normal são permitidas. Em casos pacientes sedentários ou de menor atividade física orientamos iniciar um sistema de fortalecimento dos tendões reconstruídos após a cirurgia permanentemente, visando o reequilíbrio muscular e evitar novas lesões.
Em nossa experiência essa cirurgia tem alto índice de sucesso.